Os debates sobre as responsabilidades climáticas foram fomentados está semana. Os Fóruns Amazônia Sustentável e Carbono Zero movimentaram o setor renovável com a participação de especialistas com foco na redução dos gases poluentes na atmosfera, bem como a importância da preservação ambiental. Uma das palestras ministradas, inclusive, teve o ex-ministro do Meio Ambiente do Brasil, José Sarney Filho como palestrante. Na ocasião, ele destacou a importância de sinergias entre dimensões internacionais, nacionais e locais para a responsabilidade climática. Sarney explica que o desenvolvimento tecnológico dos últimos anos está entre os responsáveis pelo aumento da temperatura, uma vez que desmatou florestas e abusou do uso de combustíveis fósseis para crescer. Dessa forma é importantíssimo que todas as esferas do país e do mundo se unam a fim de diminuir o problema. “O desenvolvimento tecnológico que marcou todo o século xx, em grande parte impulsionado pelas duas grandes guerras mundiais e pela guerra fria multiplicou a capacidade produtiva, consagrando o crescimento econômico sustentável pelo binômio produção e consumo que acarretou uma exploração predatória dos recursos naturais e em uma escala sem precedentes. Como consequência desse sistema, em especial devido à predominância das fontes fósseis como base do setor energético e a derrubada de extensas áreas de florestas tropicais, temos uma crescente elevação da temperatura global. Esse fenômeno é conhecido há muitas décadas e hoje é consenso pelo menos entre aqueles que reconhecem que a superfície da terra a grosso modo é uma esfera e não de uma pizza e suas causas considerando o período curto estão relacionadas às atividades antrópicas” ressalta Sarney Filho. O ex-ministro ainda reforça que para driblar o aquecimento global, bem como aumentar a responsabilidade climática no mundo é necessário obter sinergias bem construídas tanto em âmbito internacional, como nacional e local a fim de garantir que os processos de fato se concretizem.“É necessário a construção de sinergias entre as dimensões internacionais, nacionais e locais para os setores produtivos, financeiro, comercial e de serviço a sociedade civil organizada, os povos originários e as comunidades tradicionais, a academia, a classe artística, a mídia. E é preciso que cada um de nós se engaje pessoalmente com nossas famílias, nossos grupos de trabalho e de amigos” explica o especialista. Sarney ainda comenta que para enfrentarmos a crise climática é necessário mudar muitos paradigmas para que a pegada de carbono de fato minimize.“Para enfrentarmos a crise climática é preciso quebrar paradigmas colocando as necessidades coletivas e comunitárias a frente dos interesses corporativos e individuais e repensando os modos de produção, consumo e descarte, mobilidade, trabalho, educação entre tantos outros de maneira a minimizarmos a pegada de carbono e de tudo o que fazemos e poupar ao máximo a natureza para que ela possa se recompor e sustentar nossa existência ainda por muito tempo” finaliza ele. Fonte: Canal Energy Waste